Victor e a prima, Maria Fernanda, não acreditaram
que no Arquipélago de Rèv-Slandia os carros transformam-se em submarinos e
helicópteros, segundo a necessidade. “Pai, isso não existe!” Não acreditaram,
também que, em Rèv-Slandia, minhocas têm
pernas e pernilongos só sugam mel produzido por um pássaro especial que só se
encontra em Rèv-Slandia. “Tio o que
produz mel é abelha”. Tudo começou porque Victor perguntou-me o que eu faria se
ganhasse na loteria e eu respondi que compraria o Arquipélago de Rèv-Slandia,
onde as casas são feitas de livro e não têm portas. “Liga não” disse Victor à
prima, “ele é louco”. Foi Laura quem perguntou, então: “tio o que é Atipélago.
“É” eu respondi, “um conjunto de ilhas próximas umas das outras”. E expliquei
que: “o Arquipélago de Rèv-Slandia é composto por quatro pequenas ilhas:
Isla-Victoriun, Isla de Maria Fernanda, LauraSlandia e Taleski-Slandia”. “Meu
nome é Tales Augusto, papai”, replicou Tales, que gosta de ser chamado pelo
sobrenome do irmão: Augusto. Todos rimos nos preparando para irmos à praça. Eu
só jogaria na loteria por mundos inexistentes. O real, ou o transformamos, ou
não vale riqueza alguma.
Obs:
eu li em algum lugar que rév, em crioulo haitiano, significa sonho.
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