sexta-feira, maio 27, 2016

RÈVSlandia



Victor  e a prima, Maria Fernanda, não acreditaram que no Arquipélago de Rèv-Slandia os carros transformam-se em submarinos e helicópteros, segundo a necessidade. “Pai, isso não existe!” Não acreditaram, também que, em Rèv-Slandia,  minhocas têm pernas e pernilongos só sugam mel produzido por um pássaro especial que só se encontra em Rèv-Slandia.  “Tio o que produz mel é abelha”. Tudo começou porque Victor perguntou-me o que eu faria se ganhasse na loteria e eu respondi que compraria o Arquipélago de Rèv-Slandia, onde as casas são feitas de livro e não têm portas. “Liga não” disse Victor à prima, “ele é louco”. Foi Laura quem perguntou, então: “tio o que é Atipélago. “É” eu respondi, “um conjunto de ilhas próximas umas das outras”. E expliquei que: “o Arquipélago de Rèv-Slandia é composto por quatro pequenas ilhas: Isla-Victoriun, Isla de Maria Fernanda, LauraSlandia e Taleski-Slandia”. “Meu nome é Tales Augusto, papai”, replicou Tales, que gosta de ser chamado pelo sobrenome do irmão: Augusto. Todos rimos nos preparando para irmos à praça. Eu só jogaria na loteria por mundos inexistentes. O real, ou o transformamos, ou não vale riqueza alguma.    

Obs: eu li em algum lugar que rév, em crioulo haitiano, significa sonho.

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