Os
fatos ocorreram da seguinte forma. Eu tomava vodka com refrigerante e limão. Os
companheiros cerveja. Comíamos porções de torresmo e batatas fritas.
Discutíamos futebol, política, religião. Idiocracias de fim de tarde, de
boteco.
Estando
companheiras presentes, evitamos piadas machistas. Uma ou outra escapou. Lembro
ter feito um comentário qualquer, não lembro se de partido, de time de futebol,
de agremiação religiosa, sei que um dos camaradas se ofendeu. Replicou de forma
ríspida, ofensiva.
O
clima ficou tenso. O happy hour tornou-se “casino”, como dizem os italianos. O
sujeito mandou-me para aquele lugar, eu retruquei, convidando-o a ir junto. Ele
disse que eu “não era homem”. Respondi que naquele momento “eu não fazia
questão alguma de ser”. Ele disse que me “quebrava ao meio”. Eu disse-lhe que
“dada minhas condições físicas, e minha pouca habilidade com lutas, até aquela
criança – apontei para o outro lado da rua – me quebrava ao meio”. “Eu te
quebro a cara!”. Expus-lhe a cara, com um sarcástico: “duvido!”. “Eu te mato!
Te mato! Te mato!” “É tudo o que eu gostaria, visto que não tenho coragem
suficiente para tanto...”, respondi-lhe na lata.
Foi
preciso muito deixa disso, para por fim à confusão. Fato é, que três dias atrás
eu acordei esquecido desses ocorridos, cheguei no trabalho, bati o ponto e
dirigia-me a meu setor, passando pelo sujeito, cumprimentei-o com um costumeiro
e polido: “bom dia!”. O sujeito acreditou ser uma provocação... Se Deus existe,
não O encontrei ainda. Quanto às virgens, aquelas para os justos..., eu começo
a acreditar que não fui justo o suficiente.
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