segunda-feira, abril 12, 2021

No tempo da colheita

 

Meu caro, não obstante os dias cinzas e os maus presságios, limpei e adubei os canteiros, podei as roseiras, semeei girassóis, reservei-te um bom vinho, porque, após tudo, há de haver o meu jardim para que te sintas em casa. As noites de chumbo hão de passar. Os insensatos não perduram. Deles, como o joio entre o trigo, nada se aproveita. No tempo da colheita ficam a se perder pelo solo, varridos pelo vento.  (Trecho de Carta de Christine Ramos à Eurípides dos Santos)

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