Em tempos idos perguntaram-me:
“O que pretendes ser?”
“Poeta”, respondi
“Não, é como pretendes ganhar a vida?”
O sujeito voltou a perguntar-me
“Para ganhar a vida eu varro rua, ergo paredes
Carrego pedras
Ser mesmo, eu quero ser poeta!”
Não varro ruas, não ergo paredes, nem carrego pedras
Em atividade de menos valor
Vou ganhando a vida,
Mas não sou poeta.
Não ser, tornou-se minha meta.
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