Da janela do quarto
acompanho intranquilo
a turba que marcha por seus
delírios autoritários
O slogan nauseante
“deus acima de tudo”
soa-me absurdo e
angustiante
Teu canto e teu cheiro
preenchem o quarto
volto-me para ti
desabotoando a blusa
serpentando o corpo
baixando a saia
Alguma certeza
em mim desperta
e em teu corpo me perco
Com os dedos brinco
entre tuas pernas
E a ponta de língua
singro-te de lábios a
lábios
Me afogo em tua quentura úmida
entre gemidos e sussurros de palavras impudicas
Após o gozo nos afagamos ternos e seguros
A marcha dos que não amam passou
a angustia já não me toma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário