sábado, janeiro 30, 2021

POR QUE ESCREVO?

Eu escrevo porque gosto de escrever. E publico porque quero ser lido. Não sei se sou lido ou não, mas gostaria de ser. Escrevendo eu organizo as ideias, pondero termos, penso sua pertinência. Há coisas que escrevo e não publico: minhas sandices não carecem de audiência. Quero contribuir com o pensar bem, não com o pensar sem pensar. “Tudo posso, nem tudo convém”, é um princípio que procuro ter também na escrita. Se não vai contribuir para esclarecer, para chamar à reflexão, para simplesmente deleitar o leitor, a leitora, guardo para mim. Um texto é do seu autor até o momento de sua publicação, uma vez publicado, ele pertence, agrade ou não, lido ou não, ao leitor, à leitora. E a leitora, o leitor, não precisa de autorizações para referenciá-lo. Para o bem ou para o mal, o leitor é responsável por aquilo que lê. Há escritos que são provocativos, há escritos que são reflexivos, há escritos que se pretendem casuais, como uma conversa ao redor de uma mesa, acompanhada de petiscos, cervejas e boas risadas. Quando estou escrevendo suponho três cenários: a sala de aula, a academia, o sarau. Escrevo para ensinar, escrevo para revisar e aprofundar conhecimentos ou desvelar minhas ignorâncias, escrevo para elevar o espírito para além das turbulências cotidianas. Em nenhum cenário me pretendo doutrinário ou dogmático. Não escrevo verdades, escrevo em busca de razões razoáveis e se chego à compreensão de alguma coisa já me dou por satisfeito. Escrevendo me percebo não perfeito...

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