quarta-feira, janeiro 20, 2021

EICHMANN E O SINISTRO DA SAÚDE

 

EICHMANN E O SINISTRO DA SAÚDE

 

Adolf K. Eichmann era um logístico a serviço de Hitler. Era ele quem organizava o transporte de judeus aos campos de extermínio. De modo algum, segundo Hannah Arendt, era uma pessoa burra, mas “terrível e assustadoramente normal”.  Descrevendo-o como um típico bom funcionário de qualquer empresa privada ou órgão público, que recebeu uma tarefa monstruosa e não titubeou em realizá-la, segundo Arendt, movia-o um carreirismo adesista e subserviente ao ideário nazista, e a razão de ele ter se tornado um dos maiores criminosos da era moderna era simplesmente a irreflexão. Eichmann, embora leitor de Kant, descreve Arendt, era pretensioso e, tendia à mentira e ao autoengano. Em última analise, Hannah Arendt pontua que na ausência de pensamento presente em Eichmann enraíza-se o que ela denominou “a banalidade do mal”, ou a capacidade de pessoas comuns praticarem crimes com a imperturbável consciência de apenas estarem cumprindo seu dever.  É impossível ler as considerações de Arendt a respeito de Eichmann e não projetá-las em Pazuello.

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