quinta-feira, dezembro 02, 2021

O QUE FAZES COM TUA PALAVRA?

 

É muita treta, mano, e o corre não para, dia sim, o outro também, se vende o almoço por uma janta minguada.

Sem fogo a água não esquenta, sem consciência, mano, os grilhões não arrebentam, faz o seu corre, mas não abandone o conhecimento.

O bagulho é louco, a pegada é zika, é muita treta, o verbo é pouco pra quem tem poucas ideias.

Sem sal a comida é insossa, muito salgada é intragável. 

Quem cala não consente, suporta. 

Silêncio de mais sufoca. Mas quem muito fala não ajuda, perturba.

É preciso o tempero justo, nem ativismo, nem só reflexão. Pensar na ação, agir com o pensamento.

Quem pensa em dizer o que pensa, precisa pensar se deve dizer o que pensa para não falar bobagem e se desdizer com outras bobagens.

Dizer o que bem entende é demonstração de nada entender. Quem bem entende, entende que nem tudo se diz.

Na quebrada, o verbo é curto, mas certo! Ele não faz curva, o papo é reto, é atitude.

Ideia em movimento, palavra é faca. E a faca, mano, divide o pão, mas também mata.

Não diga apenas o que pensa, pensa no que diz. Se divide, se exclui, se ofende, se não acrescenta: engole o pensamento.

Ser livre não é dizer o que penso, eu penso muita bobagem. Ser livre é me tornar responsável pelas escolhas que faço.

O mundo não gira em torno do que sabemos. O que move o mundo é o que, podendo, ignoramos saber.

Se a temperatura não baixa, a água não vira gelo, sem estudo, sem conhecimento, o corre, mano, não muda, estarás sempre no vermelho. Sem luta não se sai do perrengue.

Os grilhões se quebram com consciência. Mas não é o que sei que muda o mundo, são minhas atitudes, o compromisso, a coerência com os com quem luto.

É muita treta, o bagulho é louco, a vida tá zika, o almoço se foi, a janta falta. Faz teu corre mano, mas não abandone os estudos. Talento conta, mas atitude, disciplina, é tudo. A palavra é faca, divide o pão e mata.

Mano, o que fazes com tua palavra? Ela acrescenta ou espalha?


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