É muita treta, mano, e o corre não para, dia sim, o outro também, se vende o almoço por uma janta minguada.
Sem
fogo a água não esquenta, sem consciência, mano, os grilhões não arrebentam,
faz o seu corre, mas não abandone o conhecimento.
O
bagulho é louco, a pegada é zika, é muita treta, o verbo é pouco pra quem tem
poucas ideias.
Sem
sal a comida é insossa, muito salgada é intragável.
Quem
cala não consente, suporta.
Silêncio
de mais sufoca. Mas quem muito fala não ajuda, perturba.
É
preciso o tempero justo, nem ativismo, nem só reflexão. Pensar na ação, agir com
o pensamento.
Quem
pensa em dizer o que pensa, precisa pensar se deve dizer o que pensa para não
falar bobagem e se desdizer com outras bobagens.
Dizer
o que bem entende é demonstração de nada entender. Quem bem entende, entende
que nem tudo se diz.
Na
quebrada, o verbo é curto, mas certo! Ele não faz curva, o papo é reto, é
atitude.
Ideia
em movimento, palavra é faca. E a faca, mano, divide o pão, mas também mata.
Não
diga apenas o que pensa, pensa no que diz. Se divide, se exclui, se ofende, se
não acrescenta: engole o pensamento.
Ser
livre não é dizer o que penso, eu penso muita bobagem. Ser livre é me tornar
responsável pelas escolhas que faço.
O
mundo não gira em torno do que sabemos. O que move o mundo é o que, podendo,
ignoramos saber.
Se a
temperatura não baixa, a água não vira gelo, sem estudo, sem conhecimento, o
corre, mano, não muda, estarás sempre no vermelho. Sem luta não se sai do perrengue.
Os
grilhões se quebram com consciência. Mas não é o que sei que muda o mundo, são
minhas atitudes, o compromisso, a coerência com os com quem luto.
É
muita treta, o bagulho é louco, a vida tá zika, o almoço se foi, a janta falta.
Faz teu corre mano, mas não abandone os estudos. Talento conta, mas atitude,
disciplina, é tudo. A palavra é faca, divide o pão e mata.
Mano,
o que fazes com tua palavra? Ela acrescenta ou espalha?
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