Como nuvens carregadas
Cobrindo
o céu de incertezas
Minha
estupidez escondeu-me teu sorriso
Naufrago
à deriva
Procuro
o brilho de teus olhos –
Faróis
de minhas noites sombrias –
Que apenas
me cospem desencanto
E,
merecidamente, me condenam.
Palavras
são facas que ferem
Ditas
com raiva
Delas
fiz o veneno que nos separa
E me
mata
Tênue
os fios que nos uniam
Os rompi
dando asas à teimosia de me achar em razão
Quando
era apenas arrogância e decepção.
Porto
em que me encontrava e me reestabelecia
Fechaste-me
tua acolhida hospitaleira e festiva
Já não
encontro mais o calor de teu colo
Teus
afagos nas noites que me angustiam
O
amor não pode tudo, não se sujeita à estupidez
Das palavras
que desencantam
Que
querem fazer valer, ao tom mais alto,
Nossas
mentiras.
O amor
tem sua kryptonita, o orgulho
Que o
expulsa do coração, consome-nos a razão
E nos
impede pedir perdão
E neste
mar revolto vou me afogando
No orgulho
que me empurra ao abismo
Da desesperação.
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