In memória de Aluísio Barbosa Nunes
São raras as manhãs de sol
breves manhãs
de alaridos de pássaros
e crianças em algazarra
horas que se esgotam
em segundos
entregues
às flores
e à poesia
Sem que haja tarde
para passeios
e conversas com os amigos
Súbito nos invade a noite
vazia de lua, de estrelas
de beijos lascivos
se estendendo sombria
carregada de suspeitas
e receios de
no dia seguinte
estarmos sós e tristes
As manhã de sol chegam já despedidas
Em noticias frias
de amigos que partiram
no acumulo de vidas perdidas
Vamos ao leito desejando
não haver outro dia.
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