Um tributo a Alexandre Guilherme
Não
tenho receios de dizer que vim ao mundo para ser breve. Vim como exilado, como
refugiado político. Portanto, vim para passar despercebido. Não sei como é o
mundo de onde fui expulso, uns dizem ser Jardim, outros um nada absoluto. Há os
que dizem que devo voltar a um ou outro, cumprida minha pena neste mundo. É,
neste mundo sou um apenado, e cumpro minha pena de mal grado. Poucas coisas me
satisfazem, tenho ojeriza a quase tudo. Vem-me, de quando e quando uma vontade
de antecipar o salto no nada absoluto, uma vez que para o Jardim colocam-me
prescrições que não atinjo. Mas mesmo não sentindo-me em casa, inda mais hoje
que campeia encômios ao ódio e à ignorância,
há flores, há pássaros, há pessoas que me encantam e me empenham. Pessoas luzes,
Faróis de humanidade brilhando e rompendo a densa tenebrosidade que nos assola,
apontando rumos a um horizonte em que o Jardim não esteja além, mas em nossas
mãos, em nossa capacidade criativa, em nossa capacidade de dar vida, cores,
luz, musica ao mundo. Não tenho dúvida o Mestre e Maestro Alexandre Guilherme é
destas pessoas luz a alentar-me o existir e a impor-me não desistir e crer que
o Jardim em nossas mãos é possível. Prova do que digo é sua criação: CONCERTO
DO JARUÁ. Uma luz rompe a densa noite que atravessamos e anuncia uma nova
aurora.
Obrigado!,
é pouco a ser dito, caro Alexandre.
https://www.youtube.com/watch?v=wppZMEFtcLw&t=431s
Nenhum comentário:
Postar um comentário