segunda-feira, junho 10, 2019

TAL UM CORINTHIANS X PALMEIRAS


Expliquei a situação a meu vizinho nos seguintes termos:

 

Houve uma final importantíssima entre dois grandes clubes, um clássico tipo Corinthians x Palmeiras. Jogo duro, pegado, tenso até o último minuto. E, de fato, aos 45 minutos tudo indicava que o jogo iria para os pênaltis. Era o último contra-ataque de uma das esquadras, e o centroavante recebeu a bola limpinha, limpinha, era amaciar a pelota, avançar alguns passos e finalizar. O tipo atrapalhou-se todo, tropeçou na bola, despencou no gramado.  Para a surpresa, a estupefação de uns e a contrariedade de outros, o juiz correu para a marca do pênalti. O resultado foi 1X0. Durante dias, meses, se comentou o caso, se viu e se reviu o lance. Todos estavam de acordo: não fora pênalti: o jogador estava só no lance, talvez até impedido, seu tropeço não chegara a ser propriamente dentro da área, fora muito próximo da linha, mas não propriamente dentro da linha. Para a torcida da equipe vencedora, na alegria irracional, importou o resultado. Diziam que a torcida adversária estava era de mimimi. Havia a justificativa confortadora de que a esquadra que perdera, costumava usar dos mesmos artifícios. O fato é que meses passados, o juiz da partida assumiu função de conselheiro no time vencedor. Poucos ousaram questionar a eticidade e a moralidade da situação. Agora, descobriu-se que, dias antes da partida, o juiz e o tal jogador que se arribou por terra haviam entabulado uma conversa por telefone em que o juiz orienta o jogador: “se cair na área é pênalti, já está tudo combinado com os auxiliares de linha”.  Explicado nestes termos, fui obrigado a ser claro com meu vizinho: “o seu não entendimento da situação não é ignorância não, é mau-caratismo mesmo!”


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