sexta-feira, junho 28, 2019
PERFUME CHEIRA, MAS NÃO LIMPA SUJEIRA.
quarta-feira, junho 12, 2019
O CASO CARLUXO
segunda-feira, junho 10, 2019
TAL UM CORINTHIANS X PALMEIRAS
Houve uma final importantíssima entre dois grandes clubes, um clássico
tipo Corinthians x Palmeiras. Jogo duro, pegado, tenso até o último minuto. E,
de fato, aos 45 minutos tudo indicava que o jogo iria para os pênaltis. Era o
último contra-ataque de uma das esquadras, e o centroavante recebeu a bola
limpinha, limpinha, era amaciar a pelota, avançar alguns passos e finalizar. O
tipo atrapalhou-se todo, tropeçou na bola, despencou no
gramado. Para a surpresa, a estupefação de uns e a contrariedade de outros,
o juiz correu para a marca do pênalti. O resultado foi 1X0. Durante dias,
meses, se comentou o caso, se viu e se reviu o lance. Todos estavam de acordo:
não fora pênalti: o jogador estava só no lance, talvez até impedido, seu
tropeço não chegara a ser propriamente dentro da área, fora muito próximo da
linha, mas não propriamente dentro da linha. Para a torcida da equipe
vencedora, na alegria irracional, importou o resultado. Diziam que a torcida
adversária estava era de mimimi. Havia a justificativa confortadora de que a
esquadra que perdera, costumava usar dos mesmos artifícios. O fato é que meses
passados, o juiz da partida assumiu função de conselheiro no time vencedor.
Poucos ousaram questionar a eticidade e a moralidade da situação. Agora,
descobriu-se que, dias antes da partida, o juiz e o tal jogador que se arribou
por terra haviam entabulado uma conversa por telefone em que o juiz orienta o
jogador: “se cair na área é pênalti, já está tudo combinado com os auxiliares
de linha”. Explicado nestes termos, fui obrigado a ser claro com meu
vizinho: “o seu não entendimento da situação não é ignorância não, é
mau-caratismo mesmo!”
domingo, junho 09, 2019
BOLINHOS DE CHUVA
sábado, junho 08, 2019
BANANÓPOLIS
Bananópolis um dia será devidamente estudada. Seu povo é por demais sui generis. Desprezam o ensino e a pesquisa, mas gostam de ostentar falsas informações, quanto à formação acadêmica, em seus currículos. Atacam as universidades públicas, mas gastam fortunas com escolas para seus filhos terem vagas garantidas nas universidades que atacam. Fazem leis, as desrespeitam, e porque as desrespeitam, desfazem a lei. É disto que quero tratar. Era senso comum em Bananópolis que pisar na grama não convinha. Então colocava-se onde houvesse grama uma pracinha indicando: “Não pise na grama”. Um legislador achou por bem tornar o que era senso comum lei. E lei, sabemos como é, nós não as cumprimos de bom grado. Tanto é verdade, há cientistas que dedicam toda uma vida procurando entender as leis do universo e da vida, procurando modo de burla-las. Então, junto com a lei, sempre se torna preciso criar mecanismos de vigilância. Assim, em Bananópolis criou-se os gramáticos, ficais de cumprimento da lei que proibia pisar na grama. Surgiram dois problemas: Bananópolis não podia onerar-se com mais este sistema, a extensão do território não permitia fiscalizar todos os pontos gramados. A fiscalização tornou-se ineficiente e abusiva. Os descontentes com a lei, como os cientistas, buscavam meios de a burlar. Em Bananópolis quando algo parece tornar-se muito problemático, sempre aparece um jênio. Como a lei das gramas tornou-se problemática, e retornar ao senso comum não era mais possível, um jênio sugeriu: “porque não cimentamos tudo?”. Bananópolis está em pé de guerra: “Não ter grama é um direito!” gritam os defensores do jênio. “o direito é ter grama!”, retruca os opositores. Para agradar a gregos e troianos o governo de Bananópolis editou um decreto assai interessante. Reza o decreto: “aqueles que acham que não devem pisar na grama ficam proibidos de pisar na grama; aqueles que acham que podem pisar na grama ficam livres para pisar na grama”. À imprensa explicou o governo: “tomamos essa medida porque o cimento está caro e não teríamos como cimentar toda Bananópolis!”. Bananópolis um dia será devidamente estudada.