Bom dia querida!
Não foi para ti que escrevi o que segue, mas
descreve-me por esses dias.
[...] Os dias estão cinzas e as horas se
desbotam. Os minutos se arrastam numa prolongada tristeza.
A minha reserva de serotonina anda ladeira a abaixo,
mesmo consumindo triptofano. Meu estado de humor é lastimável, tudo me aborrece
e exaspera. Insônia, falta de concentração, confusão mental e a expressão vazia
e melancólica no olhar descrevem-me.
A vontade de evadir-me, de não ser, é pungente.
A faca tem conversado comigo, digo-lhe preferir cicuta.
Te amo!
Amor, no entanto, não produz serotonina.
Minha felicidade, e a ela eu renuncio, depende
dos artifícios químicos.
Mesmo que amargo, recebas meu beijo!
[...]
Querida, não te preocupes, é só literatura de
má qualidade! Ainda tenho que pagar-te um café!
Que tenhas uma semana bonita!
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