Em memória de Genivaldo de Jesus Santos1
Estava
Jesus reunido com seus discípulos quando um deles lhe perguntou: “Rabi, que
quer dizer mestre, quem havemos de considerar bom cristão?” E Jesus
respondeu-lhe: “Nem todo aquele que diz: “Senhor! Senhor!”, é digno de meu
nome” e contou-lhes a seguinte parábola:
“Dois
pastores, antes de saírem para pastorear, tomaram da Palavra, leram um Salmo,
oraram ao Pai, pedindo-lhe a divina benção. Depois, seguiram para o pasto.
Suspeitando de um que pelo pasto caminhava, o abordaram, o agrediram e o
colocaram em uma cova, para que este morresse sufocado. Imediatamente, a
noticia chegou aos ouvidos de todos. E teve aqueles que os condenaram, pois a
função deles era proteger as ovelhas sem se tornarem algozes dos lobos. E
outros os aplaudiram, pois, julgavam o inocente morto um dano colateral.
Entendiam que para evitar risco às ovelhas a operação dos pastores se
justificava. E mesmo não sendo deles a tarefa de executar lobos, os que os
aplaudiam diziam: “poderia ser um lobo, nunca se sabe; é melhor prevenir que
remediar”
E
Jesus, então, perguntou a seus discípulos: “O que vos parece, quem é digno de
meu nome, os que condenaram os pastores ou os que os cobriu de elogios”.
Os
discípulos guardaram silêncio. Jesus, então lhes observou: “Em verdade, em
verdade vos digo, chegará a hora em que os indignos de meu nome serão honrados,
e em meu nome farão fama e fortuna e os meus passarão por esquerdistas,
defensores dos direitos humanos”. E Jesus concluiu: “Amanhã hão de colocar em
minha boca o seguinte ensinamento: “Armai-vos uns aos outros! Mas eu vos digo:
o meu reino não é dos sacerdotes e pastores; meu reino é dos mansos e humildes,
dos pobres e humilhados, de todo injustiçado, creiam ou não em mim.”
1 - Genivaldo
de Jesus Santos, em 25 de maio de 2022, foi covardemente assassinado por
asfixia em uma câmara de gás. Os assassinos são bons cristãos.
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