"Se queres ser rica, frequente ambientes onde os ricos circulam, entre franciscanos serás franciscana" Padre Leontino
Ontem, estive conversando com uma amiga de longa data. Dizia a ela que
não entrei na vida por ato de vontade, mas, por ato de vontade, penso, hora
dessas, dela me retirar... Mas a conversa descambou à amizade. Então disse à
minha amiga que as pessoas com quem tenho me relacionado desde o fatídico dia
de minha entrada na vida, nos mais variados graus de intimidade e cumplicidades,
eu, como entrar na vida, não as escolhi: as encontrei. Nossos relacionamentos
se dão devido a causalidade dos encontros a que estamos sujeitos. Estando na
vida, estamos fadados a nos afeiçoar ou não às pessoas que circulam entre nós.
E afeiçoar-se a alguém não é uma escolha, é um acontecimento. À medida do
tempo, as escolhas que tenho feito é a dos ambientes que frequento. Escolhendo
tais e tais ambientes, tenho, aproximativamente, tipos de personalidades que
posso encontrar. As pessoas com quem nos relacionamos e pelas quais vamos ou
não nos afeiçoando circulam, onde circulamos. Isto não é uma ciência, mas,
refazendo um antigo adágio: “digas-me onde andas, direi a ti com quem andas”.
Entrei na vida sem querer, entre pessoas que não escolhi. Há algumas me
afeiçoei mais, a outras menos, a outras nem um pouco, mas foi preciso que eu e
elas estivéssemos no mesmo espaço. Da vida, querendo, eu posso sair. Das
amizades não consigo me desfazer, na verdade os amigos não me abandonam, é isto
que atenua o meu desejo de não ser... Minha avó era uma mulher muito sacada,
médicos nunca deram respostas a meus desatinos, foi ela que me orientou:
"Fio, procure pessoas com gana de vida", eu não sabia o que era gana
de vida. A encontro nos amigos que tenho feito... Estou vivo!!!!
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