Não há uma razão que motive. Acordo,
levanto, tomo café, tomo um livro. Não há mágoa, não há contentamento. Não há
ansiedade por não haver expectativa alguma, não há angustia, nada me tormenta. É
um sentimento neutro, folheando o livro por vicio. Desprendo o olhar do livro
para acompanhar o pousar da borboleta; a flor sob a luz do sol, alguém que
passa e cumprimenta. Manhã de primavera, sendo inverno. Desconheço o motivo. Surge uma ideia de não
ser, de me autopassar ao nada. É ideia que não combina com os planos que
fizestes para nós. É uma ideia pela qual eu vagueio equilibrando-me em teus
sonhos. Os meus eu não os tenho...
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