Devo
confessar, o juizeco da republiqueta de Curitiba me foi útil. Seu pouco trato
com a língua me fez rever meus textos: É! eu também maltrato, e muito, a norma
culta. Descontado o arraigado habito de trocar l por r na escrita, e não pronunciar
palavras com “lh” ou terminadas em “ia” corretamente, que me torna um sujeito
silente, eu percebo que preciso estar mais atento ao uso da vírgula, para não
separar o sujeito da ação, à concordância verbal, ao uso correto do tempo
verbal, à ortografia, à sintaxe. Não chego a ser grotesco, mas a norma culta
sofre muito comigo. E para quem tem a pretensão de se tornar escritor, respeito
à gramática é o mínimo que se espera, como se espera de um juiz parcialidade e
respeito ao regramento processual. Tirado o favor que o juizeco me prestou,
fazendo-me perceber que castigo meus leitores com meus descuidos gramaticais, espero
que o juizeco e os promotores a ele associados respondam por seus crimes contra
a democracia brasileira, oportunizando a chegada de uma família de milicianos
ao governo.
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