Altamiro
assistindo ao noticiário não entendia o que estava acontecendo. Para ele: “estão
fazendo tempestade em copo d’água!”. Comadre Zumirha tentava ilustrá-lo com a
seguinte história:
“No país das coisas
absurdas, houve uma festa e os convivas, após comer o bolo, que acharam divino,
passaram mal. Foram dias de calças arriadas, correndo pra casinha. Passado o
perrengue, convocaram o confeiteiro e o condecoraram pelo primor de bolo que
fizera. O confeiteiro, todo pampa, informou que havia adaptado uma receita
italiana, “usando ingredientes locais.” Soube-se, depois, que o confeiteiro
havia adulterado a receita, acrescentando um produto laxativo de
comercialização proibida. Chamado a se explicar, o confeiteiro se saiu assim: “eu
não me lembro se usei tal produto, é possível que tenha usado, mas se usei, não
vejo nada de mais, o importante é destacar que o bolo ficou excepcional”. Alguns
convivas davam-lhe razão: “um laxativo de comercialização proibida, era um
detalhe menor, no resultado final do bolo, que, diga-se de passagem, ficou
extraordinário”, parlamentou um. Outros queriam apenas saber quem havia
desmascarado o cozinheiro , porque: “isso não se fazia, era crime!”Houve
convivas, que embora continuassem a correr à casinha, postulava novas condecorações
ao confeiteiro”.
“Embora
eu não veja relação com o noticiário corrente”, manifestou Altamiro, “desconfio
que tais convivas cagaram o cérebro”. “Foi o que demonstraram domingo!”,
redarguiu Zumirha.
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