quarta-feira, julho 03, 2019

NO PAÍS DAS COISAS ABSURDAS



Altamiro assistindo ao noticiário não entendia o que estava acontecendo. Para ele: “estão fazendo tempestade em copo d’água!”.  Comadre Zumirha tentava ilustrá-lo com a seguinte história:
          “No país das coisas absurdas, houve uma festa e os convivas, após comer o bolo, que acharam divino, passaram mal. Foram dias de calças arriadas, correndo pra casinha. Passado o perrengue, convocaram o confeiteiro e o condecoraram pelo primor de bolo que fizera. O confeiteiro, todo pampa, informou que havia adaptado uma receita italiana, “usando ingredientes locais.” Soube-se, depois, que o confeiteiro havia adulterado a receita, acrescentando um produto laxativo de comercialização proibida. Chamado a se explicar, o confeiteiro se saiu assim: “eu não me lembro se usei tal produto, é possível que tenha usado, mas se usei, não vejo nada de mais, o importante é destacar que o bolo ficou excepcional”. Alguns convivas davam-lhe razão: “um laxativo de comercialização proibida, era um detalhe menor, no resultado final do bolo, que, diga-se de passagem, ficou extraordinário”, parlamentou um. Outros queriam apenas saber quem havia desmascarado o cozinheiro , porque: “isso não se fazia, era crime!”Houve convivas, que embora continuassem a correr à casinha, postulava novas condecorações ao confeiteiro”.
“Embora eu não veja relação com o noticiário corrente”, manifestou Altamiro, “desconfio que tais convivas cagaram o cérebro”. “Foi o que demonstraram domingo!”, redarguiu Zumirha.

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