sábado, abril 21, 2018

NÃO CONFUNDAMOS ALQUIMISTA COM LADRÃO DE MERENDA


Fazia eu alusão ao altivo professor Alvarenga, sujeito meio alunado, no entanto, alumbrado. Altiloquente, era um exímio altercador. Altruísta, escorregava por ser alvinegro. Almo alfabetizador de adultos, Alvarenga, por puro alexandrismo, era diletante na arte da alquimia e no estudo de algas e insetos de nosso litoral. Eu tratava, então, de seus estudos em algologia e suas tateantes tentativas de construir uma alquitara, e produzir alquermes, quando um alóbrogo interrompeu-me: “seu aloprado, aliciador de álacres almas, vou denunciá-lo às altas autoridades: seu alfaqui de araque (na verdade não entendi, devido o alarido que se formou, se era araque ou Iraque). Formado o alvoroço, encolerizado, o alterado boçal saiu auditório a fora proferindo algozarias... Estamos, como diz um amigo meu, atravessando tempos difíceis.

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