quarta-feira, setembro 06, 2023

Vida Lúbrica

 



 

"Aqui lânguido à noite debati-me/ Em vãos delírios anelando um beijo..." ( Álvares de Azevedo, Lira dos vinte anos)

 

Vai, poeta,

Rir em teus versos tortos

Da presunção

Dos que acham bobagem

Entregar-se  a uma clarividência

Por sua clara ausência

De evidências

Vai, poeta,

De teus sonhos ou delírios,

Sem negar a ciência

Produzir-te um sentido

Seja química

Seja Cupido

Canta, poeta,

O amor correspondido

Brinca, por brincar, poeta,

Em teus versos lúdicos

Com estas querelas

Pois a vida, poeta, é mais

E requer lubricidade

Ante os critérios de realidade

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