O
galinheiro por um longo tempo foi comandado por um galo sinistro, que passou o
comando para uma galinha de poucas intimidades, sem traquejo a negociatas, que,
golpeada, foi substituída por um pavão despenado com apoio de marrecos e patos.
Então, correu-se o risco de o galo sinistro voltar, o impediram, mas ele tinha
um pupilo. E para evitar o pupilo do galo sinistro, patos e marrecos juntaram-se
apostaram num gavião, que não disfarçava querer acabar com metade do galinho e
dividir a outra parte com a águia, a quem declarava amores... Agora tem galinha
choca arrependida dizendo que não tinha alternativa, “não tinha coisa melhor”.
Preferiu um gavião, que fazia elogios ao abutre e declarava inclinações
hiênicas, a um franguinho que a essa altura, fosse o eleito, por menos, já estaria
impeachmado. No lugar de remédio para sua desfaçatez, ao
invés de recitarem mantras, as velhas galinhas tomariam cicuta? Não! Mas de
suas instâncias forradas de bom feno e com seus cochos bem nutridos, pareceu-lhes
sensato dar voto de confiança a um gavião com arroubos de hiena. As galinhas
chocas arrependidas votaram pensando nas próprias penas, e seu arrependimento é
só com o gavião que, mostrando-se preocupado em apenas proteger seu
ninho, tem sido inepto em acabar, como
prometera, com as galinhas de angola e as caipiras, com os galos índios e
sertanejos que insistem em ter terreiro e poleiro para ciscar e cantar. Com a
entrega do galinheiro para a companhia de caldos, as galinhas chocas, os patos
e os marrecos continuam de acordo...
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