Negro, eu nego
as acepções de teu vocabulário
E de tua torpe teoria,
de minha inferioridade,
me liberto
Nefanda é tua desmedida cobiça
Sujas são tuas mãos, não
minha pele
Elas se impregnam do sangue
de homens e mulheres
filhos destas terras,
e da distante África,
de meus ancestrais
Eu não tenho porque envergonhar-me
de mim, da cor de minha pele,
de meus cabelos pixaim
Negro, eu nego
as acepções de teu vocabulário
E de tua torpe teoria
Sou desejo, sou vontade, sou
paixão
Lúgubre é teu coração
não meu canto:
celebração, resistência, afirmação
Negro,
não sou minha pele,
sou uma nação.
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