Há coisas que são politicamente planejadas para não darem certo. A escola pública, a saúde pública, a segurança pública, a justiça pública, são dessas coisas. Se o público der certo, o privado perde a razão de ser, e políticos atrelados ao poder econômico deixam ter serventia aos interesses dos senhores do mercado. A mão do mercado que regula a produção, o consumo, os desejos e suas fruições é engendrada em uma razão empreendedoramente mesquinha. O público não é para dar certo, é econômica e politicamente programado para o fracasso. Os poucos “sucessos”, revestidos de ares de superação, esforço, prodigiosidade etc, estão na planilha: É preciso fazer crer que o problema é do indivíduo não da estrutura. Então há este desgaste dos trabalhadores da coisa pública, desgaste que os enlouquecem, porque querem que a coisa pública funcione como prega a propaganda oficial, ou seus devaneios de justiça, igualdade, felicidade. Se a atividade empresarial é alienante, pois aparta o sujeito de sua produção, o serviço publico é adoecedor, produz doentes mentais. Tenho pena de professores, policiais, agentes de saúde a serviço do poder público, em especial do desgoverno de São Paulo, principalmente daqueles que acham que estão fazendo o melhor, que o seu esforço está fazendo a diferença, que está produzindo uma andorinha que apagará o incêndio da floresta (vocês conhecem está parábolas): são os mais doentes. A política, a economia, nossa miserável vida é regida pela mão do mercado, sua razão é prosaica, é egoísta, é amesquinhada. É esta razão que pensa e administra a coisa pública, e a pensa e administra para não funcionar. Somos loucos, todos loucos, se acreditamos que pode dar certo o que esta planejado para dar errado...
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