Há estas manhãs cinzas e frias,
De gosto insípido
O café tomado a goles rápidos
Elucubrando desejos últimos
Há estas manhãs de tua presença distante
Eu, pela casa, errante
Dando ouvidos à faca e
suas ilações
O abismo abrindo me os braços
Expectando o salto
Há estas manhãs sem canto de pássaros
Sem flores se abrindo
Sem infantes alaridos
Sem compromissos com os amigos
Há estas manhãs que o tênue fio
de um motivo contigo,
retém meu espírito de seu desejo abismal
Há estas manhãs precipício
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