sábado, setembro 17, 2022

BEIJO QUE ANELO

 


 

Saudações, aquela que anelo!

Ultimamente tenho pensado insistentemente em ti. Agora mesmo, falava de ti com a faca.

Insinuante a faca sorria-me, exibindo sua lâmina afiada. O menino,  acordou, em prantos, assustado. Teve um pesadelo.

Cara amada, por que brincas comigo deste modo? Por que não me beijas logo, num acidente de trabalho? Quem sabe um infarto? Poupa-me deste ato.

Insone, ando pela casa, ouço meus comprimidos, sugerem-se todos em um só gole de vodka. Estou preste a dar-lhes ouvido.

Deito-me ao lado da flor que me prende. Brinco com seus cabelos. Beijo-lhe os olhos dormente. Penso escrever-lhe um último texto.

Invade-me de alento, seu despertar sorrindo-me. Seus lábios no meus, expulsa-me os fantasmas. Por hoje eu vivo.

Outra hora, aquela que anelo e de mim escapa, havemos de nos abraçar. De quem será a iniciativa, minha ou tua, do beijo que anelo?

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