DO OBSÉQUIO DOS
MINÚSCULOS
A selvageria
terrorista, macaqueando o ataque ao Capitólio – É os patriotários terroristas
se acham um arremedo do pior que os americanos são – aconteceu em um momento
estratégico: o de montagem do novo governo, ainda sobre pressão da imprensa
golpista, garota de recados do “mercado” sempre nervoso e de parte do comando
das forças armadas (é minúscula mesmo) e dos órgãos de segurança “cooptados”
pelo bolsonarismo. Sim, considerável parte da imprensa mantém seu papel de
condescendente às elites sustentaram a Lava-jato, financiaram o golpe contra
Dilma, promoveram o Inepto a presidente, sustentaram e sustentam os anseios
terrorista desta turba de patriotários. Ainda tomando pé da real situação deixada
pelo antigo desgoverno e reestruturando as equipes de governo, sem “estressar”
o aborrecente mercado, o atual governo, mesmo com todas as evidências, descurou
das ameaças de que o que ocorreu, iria ocorrer. Falha do governo, sim! Mas cabe
ressaltar: sem o obsequioso apoio das forças armadas mantendo a turba de
terrorista concentrados às portas dos quartéis, a selvageria que assistimos ontem
não teria sido possível. Os comando militares, em seu silêncio estratégico –
para não dizer, dizendo, covarde – alimentou até ontem os anseios dos selvagens
de que as elas, na minusculidade que se tornaram, instigadas, interviriam a favor
do terrorismo. O que ocorreu ontem não foi um ato político, ali não estava em
disputa o poder. Foi pura selvageria, foi terrorismo, foi manifestação de ódio.
Não foi pela pátria, não foi pela família, não foi por Deus, este lema desde
sempre carregado de rancor e frustração, foi apenas ódio, alimentado em
alojamentos ao redor de quarteis. Ainda não houve, de forma contundente,
manifestação dos comandos militares condenando os atos de ontem. Generais,
Brigadeiros, Almirantes continuam em silêncio. É o silêncio dos que parecem
dizer: “não estamos de acordo, mas contem com a gente!” É o obsequioso silêncio
de gente minúscula com poder nas mãos.